Lua
Lá fora uma vez mais a lua cheia. Pendurada no azul quase diurno. De fim de tarde. Do céu.
Hoje sem nuvens. Quando a noite está assim necessito de uma clareira. De um lago talvez. De um jardim de uma casa de campo inglesa. Não sei bem. É-me difícil imaginar cenários para esta imagem. A placidez. Quase insolente. Da Lua no céu. A querer lembrar-me algo. Dizer-me algo que não percebo.
O cenário é irreal. Talvez só me lembre das lendas Arturianas ou do deserto africano. Um dia quero fazer um safari. Um dia quero ir ao Tibete. Um dia quero ir a uma aldeia remota do Japão profundo. Um dia quero molhar-me no Ganges. Um dia quero andar no Expresso do Oriente. Um dia quero. Tanta coisa que me magoa escrever.
Um dia vou ter uma caravana e correr a Europa toda. Toda. E vou ver os luares todos. Em cada lugar vou escrever um poema. Tirar uma fotografia. Beijar-te. Vou reter tanta coisa quanta puder. Fazer tudo. Visitar muita coisa. Percorrer muitos trilhos inexplorados. Se os houver e eu os encontrar.
O que move. O que motiva. O que impulsiona o ser humano é a capacidade louca de sonhar. De desejar. De imaginar. Se realizasse todos os sonhos. Se isso fosse possível. Morria logo a seguir. De tédio.
[Verão de 2005]
Hoje sem nuvens. Quando a noite está assim necessito de uma clareira. De um lago talvez. De um jardim de uma casa de campo inglesa. Não sei bem. É-me difícil imaginar cenários para esta imagem. A placidez. Quase insolente. Da Lua no céu. A querer lembrar-me algo. Dizer-me algo que não percebo.
O cenário é irreal. Talvez só me lembre das lendas Arturianas ou do deserto africano. Um dia quero fazer um safari. Um dia quero ir ao Tibete. Um dia quero ir a uma aldeia remota do Japão profundo. Um dia quero molhar-me no Ganges. Um dia quero andar no Expresso do Oriente. Um dia quero. Tanta coisa que me magoa escrever.
Um dia vou ter uma caravana e correr a Europa toda. Toda. E vou ver os luares todos. Em cada lugar vou escrever um poema. Tirar uma fotografia. Beijar-te. Vou reter tanta coisa quanta puder. Fazer tudo. Visitar muita coisa. Percorrer muitos trilhos inexplorados. Se os houver e eu os encontrar.
O que move. O que motiva. O que impulsiona o ser humano é a capacidade louca de sonhar. De desejar. De imaginar. Se realizasse todos os sonhos. Se isso fosse possível. Morria logo a seguir. De tédio.
[Verão de 2005]