Os dias movediços
Uff... há dias que atravessamos como se estivéssemos perdidos num bosque muito escuro e cheio de perigos. Um bosque claustrofóbico, onde cada sombra nos quer agarrar pelos tornozelos e impedir de chegar a casa.
( A casa de pedra, com o fumo bom a sair pela chaminé e com raios de luz a escoarem-se pelas frestas da porta e das janelas)
Hoje foi assim. Parecia correr, como nos sonhos, mas não saía do lugar. Parecia olhar para baixo, a cada momento, para me ver descalço, ou de chinelos, ou de pijama. Parecia tentar chegar a algum lado. Mas, a cada movimento, parecia afundar-me mais nas areias movediças do dia. Do dia movediço em que acordei.
É por isso que há três tipos de dias, quando chegamos a casa. Os dias em que nos sentamos no sofá. Os dias em que tombamos sobre o sofá. E os dias movediços, em que caímos aos pés do sofá e rastejamos uns centímetros, de joelhos, para podermos pousar a cabeça sobre o assento.
(E, assim, desistirmos um pouco mais.)
( A casa de pedra, com o fumo bom a sair pela chaminé e com raios de luz a escoarem-se pelas frestas da porta e das janelas)
Hoje foi assim. Parecia correr, como nos sonhos, mas não saía do lugar. Parecia olhar para baixo, a cada momento, para me ver descalço, ou de chinelos, ou de pijama. Parecia tentar chegar a algum lado. Mas, a cada movimento, parecia afundar-me mais nas areias movediças do dia. Do dia movediço em que acordei.
É por isso que há três tipos de dias, quando chegamos a casa. Os dias em que nos sentamos no sofá. Os dias em que tombamos sobre o sofá. E os dias movediços, em que caímos aos pés do sofá e rastejamos uns centímetros, de joelhos, para podermos pousar a cabeça sobre o assento.
(E, assim, desistirmos um pouco mais.)