quarta-feira, junho 28, 2006

Adeus

Escoa-se o dia no fundo do mar.
Ao longe um barco só,
Num desleixe de pintor apressado.
Uma gaivota desenha sinfonias,
Recortadas nas nuances do céu.
Além, nuvens frágeis apetecem,
Como algodão doce na feira.
As ondas repetem à areia
Histórias de adeus...
E ela chora espuma.

A meu lado, pegadas curtas
Que se perdem no areal dourado.
E se levantaram junto a mim...

[2004]