O voo
Fui à janela e nada. Ninguém do outro lado do vidro. A rua, talvez não rua mas algo, sem ninguém. Apenas a silhueta ténue de uma árvore através da espessura do ar.
Abri a janela e voei. Ou caí. Talvez tenha caído pensando que voava. Ou talvez voasse pensando em cair. De qualquer das maneiras soltei-me.
Abri a janela e de repente o meu corpo todo a viajar. Para longe da janela. E dos medos sem nome escondidos à espreita.
Isto durou uns segundos. Depois a janela abriu os braços e puxou-me para dentro. Para trás dos vidros fechados.
Sozinho num novo amanhecer.
[2007. Talvez....]
Abri a janela e voei. Ou caí. Talvez tenha caído pensando que voava. Ou talvez voasse pensando em cair. De qualquer das maneiras soltei-me.
Abri a janela e de repente o meu corpo todo a viajar. Para longe da janela. E dos medos sem nome escondidos à espreita.
Isto durou uns segundos. Depois a janela abriu os braços e puxou-me para dentro. Para trás dos vidros fechados.
Sozinho num novo amanhecer.
[2007. Talvez....]