quarta-feira, setembro 28, 2005

Solidao...

Não sei. Às vezes. Os dias. Aparecem uns em frente dos outros como pessoas. Numa fila. Para ver um museu de Florença.

Outras vezes porém. Tudo passa depressa como as pessoas. Na plataforma. Lá fora. Das vidraças embaciadas do comboio.

Nao quero mais nada. Mais nada.
Só o silêncio. E a dor nas pernas de quem não sabe se a alma pesa ou alivia.

Não quero nada. Nada. Nem sonhos. Nem palavras. Nem sorrisos. Nem promessas. Que se quebram. Como vidros em chãos de cozinha. Ai... ai... tudo cansa. Tudo dói. Tudo é uma corrida louca para um destino que nunca vamos alcançar. Pois é. Se eu quisesse dizer algo a alguém. Hoje. Era isto. Só isto.

Que diria.



Florença, 19/09/2005