sexta-feira, dezembro 29, 2006

Às tantas

Às tantas não quero saber. Sou uma pessoa que não quer saber. Foi nisto que me tornei. Um algo que não quer saber nada do que se passa no vazio por fora de si.


Às tantas acordei um dia e no lugar do coração tinha uma pedra sem movimento. Foi aqui. A este lugar sem som e frio. Que tudo veio dar. Que tudo. Veio dar.


Às tantas sou mais um. Mais um numa fogueira gigantesca. Mais um que tem nãos em vez de olhos. E paus em vez de mãos.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial