Areal
O dedo do teu pé a rasgar na mansidão do areal sulcos vivos. A escrever vales no meio de montanhas. A formar cordilheiras de areia tornadas letras. O dedo do teu pé. Que é o sacho de um lavrador qualquer num final de tarde. Que é o sacho do meu avô.
Ou a sachola pequena com que eu o imitava. E que o fazia sorrir como se o tempo parasse e existíssemos só nós na horta ao entardecer.
O dedo do teu pé que. Dizia. É um sacho a abrir na terra carreiros firmes. É um sacho a profetizar um bom ano e uma boa colheita. É um sacho a jurar jantares por vir e o fumo da chaminé em noites de Inverno.
O dedo do teu pé a rasgar na mansidão do areal sulcos vivos. Sacho a fertilizar a terra. A vida. De sementes de amor e dias felizes. Onde. Num deles. Eu de sachola na mão a escrever AMO-TE no fundo da horta.
[17/11/2005]
Ou a sachola pequena com que eu o imitava. E que o fazia sorrir como se o tempo parasse e existíssemos só nós na horta ao entardecer.
O dedo do teu pé que. Dizia. É um sacho a abrir na terra carreiros firmes. É um sacho a profetizar um bom ano e uma boa colheita. É um sacho a jurar jantares por vir e o fumo da chaminé em noites de Inverno.
O dedo do teu pé a rasgar na mansidão do areal sulcos vivos. Sacho a fertilizar a terra. A vida. De sementes de amor e dias felizes. Onde. Num deles. Eu de sachola na mão a escrever AMO-TE no fundo da horta.
[17/11/2005]
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