As palavras foram
As palavras foram sortes jogadas na noite
Sementes de ódio e amor,
Sem as quais nada faria sentido.
Todas estavam prenhas de nós,
Dos nossos medos e dos nossos sonhos.
Foram palavras de sangue,
Vociferadas contra o vento.
Foram faróis que feriram e fenderam o vazio.
Foram facas de gume afiado
Apertadas contra as goelas do tempo.
Foram sóis.
Foram fogueiras acesas no breu,
Onde procurámos aquecer-nos da morte.
As palavras foram bombas explodindo da boca
E estilhaços de granadas no coração.
Mas também flores.
E delírios de pássaros doutros tempos.
Doutras eras.
As palavras foram silvas e urtigas,
Rasgando a pele de tudo.
Foram saraiva contra o rosto,
Granizo nos dentes. Trovoes nos tímpanos.
As palavras.
Foram.
E não mais as soubemos encontrar.
[2008]
Sementes de ódio e amor,
Sem as quais nada faria sentido.
Todas estavam prenhas de nós,
Dos nossos medos e dos nossos sonhos.
Foram palavras de sangue,
Vociferadas contra o vento.
Foram faróis que feriram e fenderam o vazio.
Foram facas de gume afiado
Apertadas contra as goelas do tempo.
Foram sóis.
Foram fogueiras acesas no breu,
Onde procurámos aquecer-nos da morte.
As palavras foram bombas explodindo da boca
E estilhaços de granadas no coração.
Mas também flores.
E delírios de pássaros doutros tempos.
Doutras eras.
As palavras foram silvas e urtigas,
Rasgando a pele de tudo.
Foram saraiva contra o rosto,
Granizo nos dentes. Trovoes nos tímpanos.
As palavras.
Foram.
E não mais as soubemos encontrar.
[2008]
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