segunda-feira, dezembro 03, 2007

Dias curtos

Está escuro e vazio aqui. Está silêncio. Está solidão. Está um aperto qualquer a esmagar um algo dentro de mim (eu todo?). Está frio. Não disse já tantas vezes isto? Que está frio por dentro. Mesmo que por fora não esteja. Mesmo que haja Sol e sombras frescas ao longo de uma vinha cerrada. Pois digo-o de novo. Está frio. E já que estamos nisto, digo que está escuro também. E vazio. Já que recaí na tentação das vírgulas, tanto me dá que me repita em palavras. O que eu queria era algo novo. A panaceia, não o placebo. Estou farto de placebos.

Ultimamente tenho estado diferente. Tenho sido diferente. Há qualquer coisa cá dentro que não pára de me angustiar. Eu sei o que é, mas não digo. Chamo-lhe "coisa", para não lhe chamar pelo nome. Apenas nomeá-la me entristece e, quase, me ensandece.

Não vale a pena mais isto. Por hoje, terá de bastar a convicção de que está solidão, dentro de um frio escuro e vazio. Com um silêncio que esmaga tudo, como melodia de fundo. Para quando (se alguma vez de novo...) os dias grandes de Verão?

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Olá profundo e genuíno este blog... Amei

8:03 da tarde  

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